Dia Nacional de Doação de Órgãos: Hospital São José é capacitado para realizar a captação
Na próxima terça-feira
(27), é o Dia Nacional de Doação de Órgãos, a data visa conscientizar a
sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as
pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. Apesar da
ampliação da discussão do tema nos últimos anos, trata-se ainda de um assunto
polêmico e de difícil entendimento, resultando em um alto índice de recusa
familiar. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou
três motivos principais para essa alta taxa de recusa, que não ocorre só no
Brasil: incompreensão da morte encefálica, falta de preparo da equipe para
fazer a comunicação sobre a morte e religião.
O transplante é um
procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão,
rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa
doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.
Existem os doadores em
vida que são as pessoas que podem doar um dos rins, parte do fígado, parte da
medula e parte dos pulmões. Para ser doador em vida a pessoa precisa passar por
uma ampla avaliação médica que vai averiguar situações como: a história clínica
da pessoa e as doenças prévias. A compatibilidade sanguínea e o doador deve
apresentar maior chance de sucesso.
Existem também os
doadores não vivos que podem doar órgãos como rins, coração, pulmão, pâncreas,
fígado, intestino, córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e
artérias. Neste caso após efetivada a doação, a Central de Transplantes do
Estado é comunicada e através do seu registro de lista de espera seleciona seus
receptores mais compatíveis. Os doadores são pacientes assistidos em UTI com
quadro de morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso
Central, que determina a interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro,
incompatível com a vida, irreversível e definitivo.
Hospital
São José
Atualmente o Hospital São
José é credenciado para fazer a captação. E de acordo com a responsável pelo
setor Marlice Roptke já foi realizado uma captação de múltiplos órgãos, fígado,
rins e córneas. “O hospital pode somente realizar a captação e para isto também
precisa de equipe fazer o trabalho e toda logística da Central de Transplante
de Florianópolis”, ressalta. Segundo ela o doador precisa ter o consentimento
da família. “É fundamental que a pessoa
deixa claro para seus familiares que quer ser um doador”, reforça Marlice. No
Hospital São José de Maravilha é realizado um trabalho com a equipe
multidisciplinar sobre a doação. “A família recebe todo apoio necessário para
deixar a família ciente do quadro do paciente e o que vai ser feito, mas em
nenhum momento é falado de doação só após constatado o óbito”, comenta
reforçando que se a família for contra não há doação.